Lei federal ainda não é cumprida na sua totalidade na Capital
Mayara Bacelar
Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 20, a Lei 12.291 torna obrigatória a presença do Código de Defesa do Consumidor (CDC) em todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços em território nacional. Com a regra, o documento deve estar em local visível e de fácil acesso aos clientes, a fim de solucionar dúvidas no momento da aquisição de um bem. Em caso de descumprimento, o local fica sujeito à punição, por meio de multa que pode chegar a R$ 1.064,10.
Fonte Jornal do Comércio
Atualizado em 07/10/2014
Analisando a matéria acima gostaria de deixar registrado aqui, minhas duvidas e meu protesto.
De acordo com o IBGE, em 2003 o Brasil tinha 4.700. milhões de empresas ativas. Desse total, 310 mil são indústrias. Arredondando os números podemos concluir que pelo menos 4 milhões de empresas são obrigadas a comprar um exemplar do CDC.
Comprei um exemplar para cumprir a lei ao custo de R$ 48,00 – O mesmo está disponível no balcão da minha empresa há dois meses, e não ocorreu nenhuma consulta até o momento por parte dos consumidores.
Vamos fazer uma conta simples: 4 milhões de livros ao preço médio de R$ 40,00 gera um volume de R$ 160 milhões de reais. Cada livro pesa em média 350g, mas considerando apenas o papel da capa e miolo, podemos considerar o peso médio de 300g por unidade, dessa forma teremos simplesmente o consumo de 1.200.000 kg de papel, ou seja, 1.200 toneladas.
Sem dúvida esse volume de papel, impressão e comercialização gera distribuição de renda, afinal a cadeia produtiva é grande, inclusive com muitos tributos para o próprio governo.
Na verdade o que me deixa com a pulga atrás da orelha é o fato de criarem uma lei, sem nenhum fundamento, ou seja, que não mudará em nada a relação de consumo, onde não vejo benefícios diretos para o consumidor. O mais estranho é criar e aprovar essa lei justamente nas vésperas da eleição, onde o consumo de papel pelos candidatos é gigantesco.
Se a intenção é distribuir renda, que obriguem todas as empresas a doarem uma cesta básica de R$ 40,00 – Teríamos a mesma distribuição de renda e movimento na cadeia produtiva. Dessa forma o País não precisaria destruir milhares de árvores para produzir livros que não terão utilidade para o fim proposto.
De qualquer forma, as grades fabricas de papel, gráficas e editoras devem ter gostado muito dessa nova lei. Talvez parte do lucro obtido tenha sido convertido em santinhos para candidatos dessa última eleição.
Mayara Bacelar
Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 20, a Lei 12.291 torna obrigatória a presença do Código de Defesa do Consumidor (CDC) em todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços em território nacional. Com a regra, o documento deve estar em local visível e de fácil acesso aos clientes, a fim de solucionar dúvidas no momento da aquisição de um bem. Em caso de descumprimento, o local fica sujeito à punição, por meio de multa que pode chegar a R$ 1.064,10.
Fonte Jornal do Comércio
Atualizado em 07/10/2014
Analisando a matéria acima gostaria de deixar registrado aqui, minhas duvidas e meu protesto.
De acordo com o IBGE, em 2003 o Brasil tinha 4.700. milhões de empresas ativas. Desse total, 310 mil são indústrias. Arredondando os números podemos concluir que pelo menos 4 milhões de empresas são obrigadas a comprar um exemplar do CDC.
Comprei um exemplar para cumprir a lei ao custo de R$ 48,00 – O mesmo está disponível no balcão da minha empresa há dois meses, e não ocorreu nenhuma consulta até o momento por parte dos consumidores.
Vamos fazer uma conta simples: 4 milhões de livros ao preço médio de R$ 40,00 gera um volume de R$ 160 milhões de reais. Cada livro pesa em média 350g, mas considerando apenas o papel da capa e miolo, podemos considerar o peso médio de 300g por unidade, dessa forma teremos simplesmente o consumo de 1.200.000 kg de papel, ou seja, 1.200 toneladas.
Sem dúvida esse volume de papel, impressão e comercialização gera distribuição de renda, afinal a cadeia produtiva é grande, inclusive com muitos tributos para o próprio governo.
Na verdade o que me deixa com a pulga atrás da orelha é o fato de criarem uma lei, sem nenhum fundamento, ou seja, que não mudará em nada a relação de consumo, onde não vejo benefícios diretos para o consumidor. O mais estranho é criar e aprovar essa lei justamente nas vésperas da eleição, onde o consumo de papel pelos candidatos é gigantesco.
Se a intenção é distribuir renda, que obriguem todas as empresas a doarem uma cesta básica de R$ 40,00 – Teríamos a mesma distribuição de renda e movimento na cadeia produtiva. Dessa forma o País não precisaria destruir milhares de árvores para produzir livros que não terão utilidade para o fim proposto.
De qualquer forma, as grades fabricas de papel, gráficas e editoras devem ter gostado muito dessa nova lei. Talvez parte do lucro obtido tenha sido convertido em santinhos para candidatos dessa última eleição.